14 de set. de 2017

Montagem vencedora do Prêmio Shell de melhor iluminação (Miló Martins) e Prêmio Aplauso Brasil de melhor ator coadjuvante (Eucir de Souza), indicada em seis categorias aos prêmios SHELL, APCA e Aplauso Brasil marca a primeira parceria entre William Pereira, Newton Moreno e Leopoldo De Léo Junior, parceiros na LNW Produções Artísticas Ltda.

UM BERÇO DE PEDRA, de Newton Moreno e direção de William Pereira em cartaz sex. Sab. e dom. no Sesc Ginástico, às 20h.
 até 24 de setembro de 2017


Montagem vencedora do Prêmio Shell de melhor iluminação (Miló Martins) e Prêmio Aplauso Brasil de melhor ator coadjuvante (Eucir de Souza), indicada em seis categorias aos prêmios SHELL, APCA e Aplauso Brasil marca a primeira parceria entre William Pereira, Newton Moreno e Leopoldo De Léo Junior, parceiros na LNW Produções Artísticas Ltda.

Com Cristina Cavalcanti, Debora Duboc, Jairo Mattos, Lilian Blanc, Luciana Lyra e participação especial de Sônia Guedes

O espetáculo UM BERÇO DE PEDRA estreia no Rio em 01 de setembro, sexta-feira, às 20h, no SESC Ginástico após duas temporadas de sucesso de crítica e público em São Paulo. UM BERÇO DE PEDRA é uma coletânea inédita de cinco textos do dramaturgo Newton Moreno escritos em tempos e espaços diferentes com um tema em comum: A maternidade como resistência. Cinco visões, cinco universos distintos e cinco variações dramáticas repletas de humanidade e poesia.

Em forma de poema-cênico, a montagem que retorna aos palcos da cidade em segunda temporada intercala épocas, mitologias, espaços. As cinco cenas são gritos de mães perfuradas no ventre, comprimindo-as a perder e/ou defender suas crias, a restaurar e/ou fraturar o mundo pelo seu amor. Assim como em uma sinfonia, vários movimentos, ritmos, densidades e texturas distintas criam uma polifonia de significados e sensações, como descreve o encenador William Pereira.

O espaço cênico comum coberto de areia se transforma em jardim, deserto e prisão e estabelecem diálogo com a ação dramática. Areia, a terra infértil onde se sepultam os mortos, onde a semente não germina, metáfora de útero seco. Deserto de afetos e esperança.

“Neste espetáculo a palavra se faz música. Uma sinfonia de mães, um Stabat Mater polifônico e atemporal. O caráter “operístico” favorece a convergência de linguagens, os atores interagem com a música como parte marcante da narrativa”, acrescenta o diretor.

No primeiro texto, CANTEIRO, o espaço é um jardim, onde se travará o diálogo e o embate entre duas mulheres: uma delas em busca o filho desaparecido mulheres: uma delas em busca o filho desaparecido durante a ditadura militar. Ao final, com o jardim todo destruído e sobre seus destroços inicia-se O CAMINHO DO MILAGRE, um diálogo entre um presidiário e sua vítima de estupro, grávida. O CAMINHO DO MILAGRE é o encontro da benção e da maldição no mesmo ato violento. Um filho pode ser o começo do horror ou o final do suplício de uma mulher solitária. Será o perdão nossa única saída? Será que já estamos preparados para trazer o perdão ao mundo?

MEDEA é o terceiro texto, que também se passa em uma prisão, sendo a personagem título uma presidiária, condenada por infanticídio: “Na noite do bote, encostei lábios de crianças em meu peito e alimentei. Enquanto sufocava-as com minhas garras doídas de fêmea feia, suja, nordestina, abandonada”. Nessa releitura de Medea, de Eurípedes, a mulher abandonada e humilhada é transmutada em arquétipo da brasileira excluída.

O quarto texto, UM BERÇO DE PEDRA é um pungente poema sobre a condição feminina em áreas de conflito, que tanto poderia ser a Faixa de Gaza ou a periferia de uma grande metrópole brasileira.

O último texto TRÁFEGO, uma mãe vende seu filho em um semáforo, epílogo poético e doloroso repleto de memórias, reminiscências de mais um ser que dormiu em berço de pedra.

Talvez esperando que no ventre materno esteja sendo cultivada a redenção deste planeta, perdido em guerras, massacres, desrespeito, violações e infanticídios; apresentamos nosso diálogo cênico com a Grande Mãe que nos pavimenta o doloroso caminho. Ora arquétipo de Mãe Terrível, ora arquétipo de Mãe Bondosa; A Grande Mãe está em todas estas mulheres que compõem nossa caleidoscópica-peça-placenta. É uma canção de ninar sofrida, sufocada, atonal. Uma mão gigantesca que balança o mundo-berço, ora acalanto, ora espanto. A Terra e sua prole é quem sangra através destas personagens. Um novo mundo é o que queremos parir após as cortinas baixarem.

FICHA TÉCNICA
UM BERÇO DE PEDRA
Texto de Newton Moreno
Direção e Cenografia: William Pereira
Elenco:
Cristina Cavalcanti, Debora Duboc, Jairo Mattos, Lilian Blanc, Luciana Lyra e participação especial Sônia Guedes
Figurinos: Cristina Cavalcanti
Trilha sonora: William Pereira
Iluminação: Miló Martins
Programação Visual: Eduardo Reyes
Fotografia e Registro em Vídeo: Marcos Frutig
Visagista: Leopoldo Pacheco
Cabelos: Paolo Biagiogli
Aderecista: Michele Rolandi
Divulgação: Adriana Monteiro
Operador de Luz: (a confirmar)
Operador de Som: Janice Rodrigues
Direção de Palco: Henrique Pina
Produção Executiva: Rafaela Penteado
Assistente de Direção de Produção: Adriana Florence
Direção de Produção: Leopoldo De Léo Junior

Saiba Mais

Serviço:
“Um Berço de Pedra”, de Newton Moreno
Estreia dia 01 de setembro – às 20h
Temporada: 01 a 24 de setembro de 2017
OBS: o horário da estreia será excepcionalmente às 20h
Sesc Ginástico, Av. Graça Aranha, 187, Centro / RJ
Tel: (21) 2279-4027
HORÁRIOS: sextas e sábados às 19h e domingos às 18h
INGRESSOS: R$ 6 (Associados Sesc), R$ 12 (para jovens até 21 anos, estudantes e maiores de 60 anos) e R$ 25 (inteira)
BILHETERIA: terça-feira a domingo, das 13h às 20h.
CAPACIDADE: 513 lugares
TEMPORADA: até 24 de setembro

Observação – A peça esteve em cartaz no CENTRO CULTURAL SÃO PAULO no período entre 30 de setembro e 06 de novembro de 2016 e no TUSP de 13 de abril a 07 de maio de 2017

Agenda Cultural RJ - Divulgação Cultural - Colagem de Cartazes e Distribuição de Filipetas. Divulgação de Mídia Online. Gabriele Nery - agendaculturalrj@gmail.com #agendaculturalrj